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A instalação elétrica de uma casa deve ser segura, eficiente e conforme as normas técnicas em vigor. De facto, uma má execução pode provocar curtos-circuitos, sobreaquecimentos e riscos de incêndio.
Neste artigo, explicamos as normas elétricas essenciais em Portugal, incluindo secções de cabos, número máximo de tomadas, potência de disjuntores e dicas de segurança profissional.
⚙️ 1. As normas elétricas em Portugal
Antes de tudo, é importante conhecer as referências normativas:
- Norma Portuguesa NP 1037-1 — define os critérios para instalações elétricas de baixa tensão.
- REBT (Regulamento de Instalações Elétricas de Baixa Tensão) — define regras obrigatórias para residências.
- Norma IEC 60364 — base europeia para segurança elétrica.
➡️ Consulte o portal oficial da DGEG – Direção-Geral de Energia e Geologia para verificar atualizações legais.
Além disso, todas as instalações novas devem ser certificadas por um técnico credenciado (Certiel) antes da ligação à rede.
🔧 2. Secção dos cabos elétricos
A escolha da secção (espessura) dos cabos depende da potência dos circuitos e do comprimento da instalação. Por exemplo, cabos muito finos podem aquecer e causar curto-circuitos.
| Tipo de circuito | Secção mínima (mm²) | Disjuntor recomendado |
|---|---|---|
| Iluminação | 1,5 mm² | 10 A |
| Tomadas gerais | 2,5 mm² | 16 A |
| Máquinas de lavar / lava-louça | 4 mm² | 20 A |
| Forno elétrico | 6 mm² | 32 A |
| Ar condicionado | 6 mm² | 32 A |
| Quadro principal | 10 mm² ou mais | 40–63 A |
Em suma, quanto maior a potência, maior deve ser a secção do cabo.
⚡ 3. Número máximo de tomadas por circuito
Para garantir segurança e praticidade, a NP 1037 recomenda limitar o número de tomadas por circuito:
- Divisões principais (salas, quartos): até 8 tomadas por circuito.
- Cozinhas e lavandarias: máximo 6 tomadas por circuito de 2,5 mm².
- Casas de banho: no máximo 2 tomadas com proteção diferencial 30 mA.
Dessa forma, evita-se sobrecarga e quedas de tensão.
🧰 4. Disjuntores e proteção diferencial
O quadro elétrico deve incluir disjuntores automáticos para cada circuito e um disjuntor diferencial geral (IDR).
👉 Recomendações práticas:
- IDR geral: 40 A / 30 mA (obrigatório).
- Disjuntores secundários: um por circuito (iluminação, tomadas, cozinha, A/C, etc.).
- Ligação à terra: essencial em todos os pontos.
Além disso, os dispositivos de corte devem estar acessíveis e claramente identificados.
💡 5. Potência contratada e distribuição
O cálculo da potência contratada depende do consumo médio da habitação:
| Tipo de habitação | Potência recomendada |
|---|---|
| T0–T1 | 3,45 kVA |
| T2–T3 | 5,75 kVA |
| T4 ou superior | 6,9–10,35 kVA |
Consequentemente, um dimensionamento correto evita cortes frequentes e otimiza o consumo de energia.
🧯 6. Boas práticas de instalação
Para garantir uma instalação segura e duradoura, siga estas boas práticas:
- Utilize tubos corrugados certificados e dimensionados.
- Evite cruzar cabos elétricos com canalizações de água ou gás.
- Identifique todos os circuitos no quadro.
- Instale tomadas com proteção de criança e interruptores IP44 em zonas húmidas.
- Nunca ligue vários equipamentos potentes (máquina, forno, aquecedor) na mesma tomada.
Assim sendo, a prevenção é sempre o melhor investimento em segurança.
🔍 Conclusão
Em resumo, cumprir as normas elétricas portuguesas é fundamental para garantir segurança, durabilidade e eficiência energética.
Por isso, se planeia remodelar ou renovar a instalação elétrica da sua casa, contacte profissionais certificados, como a equipa da Empresa Fragata Pai e Filhos, especializada em reabilitações e conformidade técnica.
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